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... ... @@ -73,7 +73,7 @@ 73 73 74 74 Painéis solares estão instalados em cinco faces do CubeSat, gerando **6 a 7 W** de potência no total, enquanto a sexta face abriga a câmera. A energia é armazenada em baterias de íons de lítio. 75 75 76 -= Desenvolvimento doITASAT-1 =76 += ITASat-1 (Instituto Tecnológico de Aeronáutica Satellite-1) = 77 77 78 78 O ITASat-1 é o primeiro microssatélite universitário e tecnológico do Brasil, financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) no âmbito do Programa de Desenvolvimento e Lançamento de Satélites Tecnológicos de Pequeno Porte. 79 79 Seu desenvolvimento e operação representam uma importante oportunidade de formação e capacitação de estudantes brasileiros em tecnologia espacial, além de permitir o teste em órbita de novos componentes e tecnologias para futuras missões nacionais. ... ... @@ -159,8 +159,6 @@ 159 159 Coleta dados de mais de **900 PCDs**, com informações sobre qualidade da água, níveis fluviais, ar e migração animal. 160 160 Mais informações: [[http:~~/~~/sinda.crn.inpe.br/PCD/SITE/novo/site/index.php>>url:http://sinda.crn.inpe.br/PCD/SITE/novo/site/index.php]] 161 161 162 -[[DCS transponder (image credit: INPE)>>image:ITASat_DCS_transponder.jpeg||data-xwiki-image-style-alignment="center"]] 163 - 164 164 === Receptor GPS === 165 165 166 166 Desenvolvido pela **UFRN** e pelo **IAE/DCTA**, tendo voado anteriormente em um foguete **VSB-30**. Para integração ao padrão CubeSat, foram criadas interfaces mecânicas e elétricas específicas. ... ... @@ -189,27 +189,11 @@ 189 189 190 190 **Órbita:** heliossíncrona circular, **575 km de altitude**, **98° de inclinação**, **LTDN 10h30**. 191 191 190 +== Lições Aprendidas == 192 192 193 -[[Falcon 9 rocket lifts off on 3 December 2018 (18:34 GMT) from Space Launch Complex 4-East at Vandenberg Air Force Base, CA (image credit: SpaceX)>>image:ITASat1_Launch_SpaceX.jpeg||data-xwiki-image-style-alignment="center" height="400" width="599"]] 194 - 195 -= Operações = 196 - 197 -A Figura abaixo apr 198 - 199 -Para a operação do ITASat, foi escolhida como estação principal e Centro de Controle da Missão (MOC – //Mission Control Center//) a estação terrena localizada no ITA, em São José dos Campos. 200 -A estação terrena localizada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi selecionada como estação de backup. Posteriormente, uma estação localizada no INPE/CRN, em Natal, também foi incluída na operação. 201 - 202 -As três estações pertencem ao INPE e operam em estreita cooperação com o ITA. Todas são capazes de enviar comandos e receber telemetria do ITASat. A equipe de operações em solo do ITA é responsável por fornecer regularmente às demais estações o plano de operação. 203 - 204 -A Figura abaixo mostra a localização real das três estações terrenas no território brasileiro (a) e a Estação Terrena do ITA (b). 205 - 206 -[[(a) Ground segment locations in Brazil and (b) ITA Ground Station (image credit: ITASat Team)>>image:ITASat1_GroundSegment.jpeg||data-xwiki-image-style-alignment="center"]] 207 - 208 -= Lições Aprendidas = 209 - 210 210 Durante o ciclo de vida do projeto, muitas lições foram aprendidas no processo de desenvolvimento, integração, teste e operação do ITASat. Algumas dessas lições são apresentadas nesta seção (Ref. 1). 211 211 212 -== Abordagem de Desenvolvimento == 194 +=== Abordagem de Desenvolvimento === 213 213 214 214 No ITASat, durante a fase de desenvolvimento, foi implementada e utilizada uma abordagem incremental. Essa abordagem auxiliou o processo de desenvolvimento e permitiu a verificação após cada incremento, aumentando a confiabilidade do projeto. Essa abordagem incremental foi aplicada tanto no desenvolvimento de software quanto na montagem da plataforma. 215 215 ... ... @@ -218,13 +218,13 @@ 218 218 A abordagem incremental e modular também foi aplicada na arquitetura de software. A arquitetura foi definida em camadas desde o início do desenvolvimento. Graças a essa definição, o software foi dividido em pequenas partes e camadas, tornando-o mais fácil de gerenciar. Diferentes equipes desenvolveram a camada de aplicação, e códigos herdados de fornecedores puderam ser adaptados às necessidades do projeto. 219 219 Por exemplo, o código DCX-2 foi desenvolvido por um radioamador e integrado ao nosso software em poucas horas, funcionando perfeitamente no CubeSat. O ponto-chave dessa abordagem foi a definição clara das interfaces de software. 220 220 221 -== Interfaces Elétricas de Comunicação == 203 +=== Interfaces Elétricas de Comunicação === 222 222 223 223 No ITASat, o principal barramento de comunicação entre o computador de bordo e todos os equipamentos e cargas úteis é baseado em I2C. Essa escolha mostrou que o I2C possui limitações elétricas e lógicas que podem causar sobrecarga no barramento, resultando em travamentos. 224 224 225 225 Mesmo seguindo todas as recomendações quanto ao comprimento dos cabos e localização dos resistores de pull-up, a equipe enfrentou vários problemas de recepção de sinal devido a variações de capacitância nas linhas. Como consequência, foram necessárias modificações elétricas. No entanto, o principal problema foi a sobrecarga e o travamento do barramento. O ADCS não pôde ser completamente testado, pois, no modo de controle de 3 eixos, ocorre uma sobrecarga no barramento que interrompe o fluxo de comunicação I2C. Consequentemente, o computador de bordo reinicia o sistema devido a uma falha na linha I2C. A função de reinício foi implementada como um mecanismo FDIR (Failure Detection, Identification and Recovery). 226 226 227 -== Acesso Tardio ao CubeSat == 209 +=== Acesso Tardio ao CubeSat === 228 228 229 229 O ITASat possui apenas um conector que concentra as funções de carga da bateria, depuração e ABF (Apply Before Flight). Não havia provisionamento para upload tardio de software, o que gerou restrições após a integração final. 230 230 ... ... @@ -232,7 +232,7 @@ 232 232 233 233 Durante o desenvolvimento, a equipe tinha poucas informações sobre o dispensador do CubeSat, sendo necessário fazer suposições que nem sempre foram as melhores opções para o projeto. Recomenda-se estudar todas as possibilidades para reduzir esses riscos. 234 234 235 -== Seleção e Aquisição de Componentes == 217 +=== Seleção e Aquisição de Componentes === 236 236 237 237 No momento da especificação e aquisição das partes do satélite, nem todos os requisitos estavam bem definidos e nem todas as características dos componentes eram conhecidas. Isso causou restrições posteriores durante o desenvolvimento. 238 238 ... ... @@ -242,7 +242,7 @@ 242 242 243 243 Outro ponto relevante na aquisição é o processo de aceitação dos componentes. Um procedimento bem definido para aceitação de partes deve ser implementado no projeto. 244 244 245 -== Comunicação == 227 +=== Comunicação === 246 246 247 247 Um dos maiores desafios em qualquer projeto é a comunicação — entre os desenvolvedores, com os fornecedores e com os desenvolvedores das cargas úteis. 248 248 ... ... @@ -249,7 +249,7 @@ 249 249 No ITASat, o contato próximo e a comunicação frequente com os desenvolvedores das cargas úteis permitiram implementar e integrar os experimentos com baixo retrabalho. 250 250 Um bom canal de comunicação também foi estabelecido com a maioria dos fornecedores, mostrando que criar uma boa rede é fundamental para o sucesso da missão. 251 251 252 -== Processo de Montagem, Integração e Testes (AIT) == 234 +=== Processo de Montagem, Integração e Testes (AIT) === 253 253 254 254 Durante a montagem e integração do ITASat — especialmente no que se refere ao dispensador — percebeu-se que seria muito mais fácil e seguro se mecanismos e dispositivos adequados para o manuseio do satélite tivessem sido implementados. A falta de informações sobre o dispensador nas fases iniciais levou a não considerar certas restrições, o que resultou em falha no primeiro “fit check”. 255 255 ... ... @@ -259,11 +259,11 @@ 259 259 260 260 As especificações e comprimentos dos cabos foram verificados usando o Modelo de Engenharia e peças impressas em 3D, auxiliando o roteamento interno. Cada cabo possuía ficha técnica e etiquetas específicas para evitar trocas. 261 261 262 -== Uso de Dois Computadores de Bordo == 244 +=== Uso de Dois Computadores de Bordo === 263 263 264 264 Uma das características do ITASat é possuir dois computadores de bordo: um para o gerenciamento dos dados da missão e outro dedicado ao sistema de controle de atitude. Essa abordagem trouxe desafios de sincronização, uma vez que cada computador atua como mestre da comunicação em determinados momentos. Entretanto, proporcionou maior flexibilidade para testes e adaptações da plataforma, permitindo executar testes de forma independente. 265 265 266 -== Importância da Engenharia de Sistemas == 248 +=== Importância da Engenharia de Sistemas === 267 267 268 268 Segundo o //NASA Systems Engineering Handbook//, “o objetivo da engenharia de sistemas é garantir que o sistema seja projetado, construído e operado de forma a cumprir sua finalidade da maneira mais econômica possível, considerando desempenho, custo, cronograma e risco.” 269 269 ... ... @@ -282,7 +282,7 @@ 282 282 * O software foi documentado e controlado via repositório tipo GitHub, dispensando controle manual em papel. 283 283 * Os procedimentos de AIT foram documentados e executados por mais de uma pessoa, reduzindo a margem de erro. 284 284 285 -== Cronograma e Riscos == 267 +=== Cronograma e Riscos === 286 286 287 287 Desde o início até o modelo PFM (Proto Flight Model), o projeto foi desenvolvido em dois anos. No entanto, alguns componentes foram adquiridos muito cedo, aumentando o risco de incompatibilidades — decisão tomada para mitigar atrasos, o que se mostrou importante devido às demoras nas aquisições. 288 288 ... ... @@ -290,7 +290,7 @@ 290 290 291 291 Outro aspecto importante foi a vida útil do satélite em solo (//shelf life//), que acabou sendo maior que o previsto devido a atrasos e oportunidades de lançamento. Os procedimentos de carga de bateria precisaram ser conduzidos ao longo do tempo, mas ficou evidente que tais processos devem ser planejados ainda nas fases iniciais do projeto. 292 292 293 -== Operação da Missão == 275 +=== Operação da Missão === 294 294 295 295 A estação principal do ITASat está localizada no ITA, em São José dos Campos. Durante a operação, verificou-se que a coordenação com outras estações melhorou significativamente o desempenho e, em alguns casos, foi essencial. No início da operação, a estação principal estava fora de serviço devido a problemas técnicos, e o suporte de radioamadores e estações parceiras foi fundamental — mostrando a importância de estações de backup e peças sobressalentes. 296 296 ... ... @@ -298,7 +298,7 @@ 298 298 299 299 Durante o desenvolvimento, pretendia-se implementar um registro histórico (//history log//), mas por diversas razões isso não foi possível. O ITASat transmite apenas informações do //beacon//, resultando em lacunas temporais sem dados do comportamento do satélite, o que dificulta a análise de desempenho. 300 300 301 -== A Equipe == 283 +=== A Equipe === 302 302 303 303 A equipe é o coração de qualquer projeto — são pessoas que desenvolvem soluções para pessoas. No ITASat, a equipe foi um dos principais pontos fortes. 304 304 ... ... @@ -306,7 +306,7 @@ 306 306 307 307 Houve uma perceptível melhora após a incorporação de profissionais com experiência prévia em projetos aeroespaciais. A combinação de estudantes e profissionais experientes resultou em uma equipe mais robusta. 308 308 309 -== Resumo == 291 +=== Resumo === 310 310 311 311 Apesar de todos os desafios enfrentados desde o início do projeto, em 2005, até o lançamento em 2018 — incluindo a mudança para a abordagem CubeSat em 2013 —, o ITASat foi altamente bem-sucedido em seu principal objetivo: **formar recursos humanos para projetos espaciais e desenvolver uma plataforma para futuras missões**. 312 312
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